Filosofia Naturista
Num tempo e num mundo onde cada vez mais a violência
sob as mais diversas roupagens – em lugares, ocasiões e oportunidades –
toma conta da maneira de estar do homem, o NATURISMO, como filosofia e
prática de vida em comum com o universo que nos rodeia, parece
constituir um oásis de bem estar e de felicidade que urge preservar,
divulgar e incentivar.

A comunhão dos valores tradicionais do HUMANISMO com o sentido da
preservação do meio ambiente natural e da saúde física e psíquica, faz
do NATURISMO uma prática de vida plena de valores, contrastando com o
deserto agreste em que se vem transformando o mundo em que vivemos.
“Todos os homens nascem Livres e Iguais” – Artº 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Para o naturista não só os homens nascem livres e iguais, como assim
devem continuar a viver porque os valores da LIBERDADE e da IGUALDADE
são pilares fundamentais da sua filosofia.
Desde logo, o naturista é um ser profundamente livre.
Livre de
preconceitos hipócritas que acorrentam o ser humano a posturas
anti-naturais, geradoras de desvios capazes de moldar um futuro cheio de
escolhos deformadores da vida em que o receio, enquanto sentimento
aterrador se defende com todas as formas de violência.
A LIBERDADE no naturista assume toda a sua plenitude que, por ser
física e psíquica, é a simbiose perfeita que lhe proporciona todo o bem
estar, toda a harmonia quo o leva ao são relacionamento com os outros e
com a NATUREZA.
A IGUALDADE no naturista começa na aceitação de si mesmo (e dos
outros) tal como nasceu, tal como é e tal como se vai transformando ao
longo do seu ciclo de vida.
Essa assinção da vida é naturalmente
transportada para a sua visão do mundo, daí resultando o seu são
relacionamento com os outros e com o meio ambiente.
Despido de
roupagens, o naturista é igual a si mesmo, igual aos outros, respeitando
a igualdade de oportunidades de vida para todos os seres que constituem
o universo que o rodeia.
Neste enquadramento, o sentido da fraternidade e da solidariedade
floresce naturalmente, transformando o naturista num ser em que a
convivência com os outros é fraterna e solidária.
Fraterna porque desde
logo respeitadora. Solidária porque partilha sentidamente os grandes
valores do NATURISMO.
A PAZ constitui outro valor essencial para o naturista.
Ela começa
afinal dentro de si e reflete-se em todos os seus atos, quer no
relacionamento humano, quer com a NATUREZA.
A harmonia que sente física e
psiquicamente molda a sua atitude, tornando-o um ser profundamente
pacífico.
A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NATURAL constitui uma divisa fundamental
no naturista.
Ele sabe que o equilíbrio ecológico constitui condição de
Mais Vida e Melhor Vida.
Só uma NATUREZA harmoniosa lhe proporciona o
bem estar.
O desenvolvimento para o naturista não é um fim a alcançar
sem princípios, bem pelo contrário – ele deverá ser feito de forma
sustentada ao serviço do Homem, sem prejuízo da manutenção do equilíbrio
natural fundamental para todos os seres que com ele partilham a Vida no
mundo.
Todos estes valores se acentuam e purificam no naturista, resultado
da sua integral nudez .
Através dela o naturista capta as forças vitais
existentes na NATUREZA que, de forma determinante contribuem para a sua
felicidade.
O naturista não vive os “tormentos” relacionados com o exibicionismo
têxtil e a obsessão sexista.
Com a sua nudez psíquica o naturista não
diferencia o seu próximo por aquilo que veste, nem vê no sexo uma
finalidade do seu relacionamento.
O naturista ama a Vida e a sua nudez
plena partilhada colectivamente influencia de forma sã e positiva a sua
postura sexual.
Ele encara o sexo de forma natural e pratica-o de forma
saudável com a(o) sua(eu) companheira(o) de forma a que lhes proporcione
partilhadamente prazer do qual retiram assim todo o benefício dessa
comunhão.
A sensualidade no naturista reside no aproveitamento de forma
ampla e integral das sensações resultantes do seu contacto físico com
toda a NATUREZA, elementos e seres, absorvendo assim todo o estímulo
positivo gerador de bem estar.
Para o naturista o nu não é um fim em si mesmo, mas antes o meio pelo
qual alcança a harmonia psíquica e a captação física das forças vitais
que emanam da NATUREZA e não pode por isso ser confundido com ausência
de decoro sexual.
Como escreveu o Papa João Paulo II (ainda então Bispo
de Cracóvia) em “Love and Responsability”* – “O decoro sexual não pode,
de nenhuma forma, ser associado ao uso de vestuário, nem a vergonha com a
ausência de roupa e a total ou parcial nudez . . .
A nudez como tal não
deve ser equiparada ao descaramento físico.
A ausência de decoro existe
apenas quando a nudez desempenha um papel negativo no que respeita ao
valor da pessoa, quando o seu propósito é o de resultar em apetite
sexual, no qual a pessoa é colocada na posição de objecto de prazer”.
Assim, também o naturista repudia todas as formas de exibição e
sujeição do corpo humano para fins de exploração comercial e física
incluindo, naturalmente, a sexual.
Para o naturista, a contemplação da
nudez permite antes compreender a verdade humana na sua plenitude, na
sua beleza e sobretudo na sua.
F I M
Para nós não a preconceito! Amamos ser naturistas e somos todos iguais.
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